A Amazon lançou nesta terça-feira, 10, um serviço que permite aos usuários publicarem vídeos e ganhar direitos autorais com eles. A novidade mostra que a maior varejista online do mundo está disposta a competir diretamente com o YouTube, do Google.
O serviço, chamado de Amazon Video Direct, vai tornar os vídeos enviados pelos usuários disponíveis para aluguel ou compra, para visualização gratuita com anúncios ou oferta via assinatura.
A Amazon vai pagar aos criadores de conteúdo 50% da receita obtida pela venda dos vídeos, de acordo com contrato de licença da empresa. Para vídeos suportados por anúncios, os criadores vão receber metade da receita líquida de anúncios.
Com assinatura anual de US$ 99, o programa de fidelidade da Amazon, conhecido como Prime, já oferece programação de TV original e acesso a produtos de entretenimento digital, como Prime Music e Prime Video, bem como a entrega das compras no prazo de até uma hora.
Amazon, porém, tem um longo caminho a percorrer para recuperar o atraso com o YouTube. Disponível desde 2005, o serviço gratuito é suportado pelo modelo de anúncios, mas no ano passado, o site também criou uma opção de assinatura por US$ 10, chamada YouTube Red.
Os vídeos dos usuários do serviço da Amazon estarão disponíveis nos Estados Unidos, Alemanha, Áustria, Reino Unido e Japão. A empresa também assinou parceria com vários serviços como a Conde Nast, o jornal The Guardian, o site Mashable e a fabricante de brinquedos Mattel.
A Amazon tem feito grandes investimentos no segmento de vídeo. Em uma nota divulgada a clientes nesta terça-feira, o analista da Bernstein, Carlos Kirjner, estimou que a empresa vai gastar cerca de US$ 2,9 bilhões, em conteúdo de vídeo para Amazon Prime este ano.
Amazon lançou recentemente uma assinatura mensal para o seu programa de vídeo por US$ 10,99 e os planos para oferecer seu serviço de streaming de vídeo como um serviço separado por uma taxa mensal de US $ 8,99.
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